quinta-feira, 30 de agosto de 2012


Uma dor no Silêncio

            Olá solidão estou a  conversar com você novamente, e o sabor do fracasso já ficou familiar.  

            Há tempos venho sendo assombrado por um passado arrepiante ,asqueroso
no qual não sei se conseguirei me livrar ,  mesmo eu me expondo , revelado o erro, a mentira deixou sementes que por mais que eu as combata insistem em crescer em um
local onde eu achei , e sentia ser o dono . mas agora vejo que assim como entrei e tomei
para meu este doce e tenro terreno, agora me sinto completamente despejado.
Me sinto em um lugar onde qualquer coisa que eu diga, faça ou tente  é consumido pelo passado e devorado pela mistura de ódio, decepção e tristeza  que eu causei , e agora
vejo que  a única visão que foi plantada em meu cérebro é a da certeza de uma doce e falsa auto ilusão .


            Ainda permanece dentro do silêncio ,  aquela dor que bate forte e impiedosa todos as noites quando digo :
- vamos dormir ?
            nessa hora , meio a penumbra do quarto e o som distante da TV no volume mais baixo. Que sem entender a razão, ou o porque de mesmo apos todos os momentos bons bonitos e verdadeiros que sinto em uma fração de segundos, basta uma pequena parte desse passado e tudo se destrói , contamina e morre ,  as lagrimas descem como se a gravidade tendesse ao infinito.


E  é mais ou menos essa frase , expressão , que define a situação agora , tenho os termos e já não existem constantes nem variáveis positivas  sinto que tudo que tenho é um limite tendendo a infinito negativo, e com  a boca seca e amarga de culpa te peço desculpas.
mas nessa hora apenas eu posso me ouvir.
            E em meio a sonhos perturbados eu me dou conta que já é tarde demais , que é minha culpa,  toda, e minha culpa. Nada mais posso fazer,  se não aceitar calado as suas verdades e sentimentos que me atropelam com a mais forte dor, o arrependimento .

            A esperança que sempre esteve ali a segurar minha mão ,  sente junto comigo a dor de ser incapaz de reparar tudo isso . a culpa se alastra como uma erva daninha e  mais uma vez a esperança companheira se ergue pelas forças do meu amor . e logo em seguida a dor sussurra la no fundo dos meus pensamentos :
















Por Favor não desista de mim...

quinta-feira, 29 de março de 2012

A vida.


"A vida é como jogar uma bola na parede:Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul;Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde;Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca;Se a bola for jogada com força, ela voltará com força.Por isso, nunca "jogue uma bola na vida" de formaque você não esteja pronto a recebê-la.A vida não dá nem empresta;não se comove nem se apieda.Tudo quanto ela faz é retribuir e transferiraquilo que nós lhe oferecemos".

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Motociclismo.



Viajar de moto é uma das experiências mais fascinantes que se pode ter nessa 
 vida. Quem não tem o coração de motociclista provavelmente nunca 
 entenderá o porque. 
Mas até mesmo eu, às vezes, fico me perguntando,
 afinal, por que é tão bom assim? Não tenho respostas, só alguns pensamentos.
 Em primeiro lugar, viajar de moto evoca sentimentos de tempos e realidades
 muito distantes de nós; é como se nos transportássemos para outra época
 e, de repente, lá estamos nós com nossa armadura, baixando a viseira de
 nosso elmo, preparados para uma missão distante e desafiadora.
 
 No fundo, mesmo que isso pareça meio estranho, todo motociclista se sente 
 como um guerreiro, deixando a segurança e o conforto de sua casa para ir
 adiante, desbravar territórios e vencer desafios.
 
 Também existe  um sentimento quase místico, como se estivéssemos saindo de nossa 
 própria vida, vendo o que há lá fora. Viajar de moto é estar em 
 movimento, é deixar a monotonia. A casa, o trabalho, nossa cidade, tudo 
 fica para trás e seguimos adiante rumo ao desconhecido, mesmo que seja 
 apenas a cidadezinha turística 100km distante.
 
 Viajar de moto também nos coloca em contato com uma outra vivência de 

relacionamentos que rompe com os paradigmas da vida moderna. Não há chefe, nem 
subordinados e clientes, apenas amigos, companheiros. E nenhum deles é 
 melhor do que o outro, ninguém está competindo, somente compartilhando.
 
 Há também uma intensa ligação com o campo do conhecimento. Todas as 
 matérias estudadas em uma sala de aula são experimentadas, mas de uma 
 forma muito diferente da que qualquer professor conseguiu nos 
 proporcionar. A matemática está alí o tempo todo: são retas, curvas, 
 tangências, ângulos, 100, 120, 140km/h..., melhor parar por aqui. A 
 física então, nem se fala: inércia, aceleração, movimentos retilíneos 
 uniformes (ou não), calor, frio, velocidade do vento; porque isso não 
 parecia interessante na sala de aula?
 
 A prática é muito melhor, intensa e verdadeira que a teoria.
 A geografia e a biologia também são matérias sempre presentes em vales, 
 montanhas, serras, colinas, rios, desertos e cachoeiras, pássaros (sim, 
 eles ainda existem). Até mesmo a história, seja dos lugares ou das 
 pessoas que encontramos, acaba nos atraindo. 
 
O português não fica de fora e nem limitado à leitura de algumas placas; viagem de

      moto combina com histórias, contos, poesias, música e, claro, com o coração; 
 tudo inserido em longas conversas e não circunscritas a aulas, cadernos, livros e horários.
Em uma viagem de moto também entramos em contato com nossos valores mais elevados.
  Coisas como liberdade, respeito, responsabilidade, solidariedade, são sempre 
 presentes. Até mesmo nosso contato com o Criador é estimulado; nossa 
 mente viaja também, medita, contempla. Diante de todas estas 
 experiências olhamos para o dom maravilhoso que nos foi dado, a vida, e 
 para aquele que nos deu tudo isso e somos levados a dizer, ainda que sem
 palavras: "muito obrigado".
 
 Somos pequenos perante a força do 
 Criador, mas grandes nos sentimentos propiciados pelas suas criações. 
 Somos motociclistas de viagem.



Texto retirado do blog : http://paoseco.blogspot.com/